Sumário
Introdução
Satélite é qualquer corpo celeste que gira em torno de um planeta. Já os satélites artificiais são equipamentos projetados e construídos pelo homem que, depois de serem lançados ao espaço, permanecem em órbita ao redor da Terra coletando ou transmitindo dados por um determinado tempo.
Os satélites artificiais podem ser classificados em Satélites militares, Científicos, Meteorológicos, Recursos Terrestres e Telecomunicações. Neste artigo vamos falar sobre as características e importância dos satélites de telecomunicações.
Principais empresas na área de satélites de telecomunicações
Os satélites de telecomunicações, são uma categoria de satélites criados para a transmissão mundial de informações telefônicas e televisivas. Entre os principais sistemas existentes atualmente se destacam os seguintes [1]:
- Iridium com 66 satélites e órbita de aproximadamente 756 km;
- Globalsat com 48 satélites e órbita de 1400 km;
- Odyssey (TWR) com 12 satélites e órbita aproximada de 10354 km;
- Ico (Inmarsat P) com 12 satélites e órbita de 10354 km;
- Globalstar com 24 satélites em órbita baixa (aproximadamente 2000 km).
De acordo com a União Internacional de Telecomunicações (UIT), são três as regiões de cobertura pelos satélites de telecomunicações:
Região 1: África e Europa;
Região 2: América do Sul, Central e América do Norte;
Região 3: Índia, a Ásia e a Oceania.
Satélites de telecomunicações brasileiros
O Brasil só notou a importância de ter o seu próprio satélite de comunicação em 1981, quando dois jogos da seleção brasileira deixaram de ser transmitidos via imagens pelo satélite Intelsat, utilizado pela antão Empresa Brasileira de Telecomunicações – Embratel.
Três anos depois, em 8 de fevereiro de 1985, foi lançado a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o satélite Brasilsat A1, fabricado pela empresa canadense Spar Aerospace Ltd [2] Com isso, o Brasil se tornou o primeiro país da américa latina a ter sua própria rede de satélites domésticos de telecomunicações.
Em 1986 é lançado o satélite Brasilsat A2, em 1998 o Brasilsat BB3 e em 2000 o Brasilsat B4, sendo o último dessa série de satélites. Com a privatização da Embratel em 1998 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, a Embratel foi adquirida pela empresa norte-americana MCI Word Com, que mudou seu nome para WorldCom, sofrendo falência em 2002.
Em 2015 a Embratel é incorporada a empresa Claro S.A, que atualmente opera os seguintes satélites: Star One C1, C2, C3, Brasilsat B4, Brasilsat B2 e B3. O Brasil também possui capacidade de construção de satélites de recursos terrestre, a exemplo do CBERS e do Amazônia 1.
Satélites de telecomunicações e empresas de telefonia móvel
A parceria entre empresas que detém satélites de telecomunicações e empresas que fabricam e comercializam celulares não é novidade.
Um dos trunfos do novo iPhone 14, da empresa norte-americana Apple foi a possibilidade deste dispositivo conseguir solicitar SOS via ligação por satélite. Essa função só se tornou possível graças a uma parceria entre a Apple e a empresa Globalstar.
Já a Sansung poderá fornecer o mesmo serviço na sua linha de smartphone Galaxy S23 a partir de uma parceria com a empresa Iridium.
Referências consultadas
[1] MOREIRA, Maurício A. Fundamentos do Sensoriamento Remoto e metodologias de aplicação. 4 ed. Viçosa, MG. UFV, 2011.
[2] https://relacoesexteriores.com.br/primeiro-satelite-brasieiro-brasilsat-a1/