valoração ambiental

Valoração ambiental

O crescimento da produção industrial de bens manufaturados, a partir do século XX, passa a pressionar por uma ampliação mais acelerada na exploração dos recursos naturais. Este processo contribui para que o homem passe a ver a natureza como bem a ser explorado sem os devidos cuidados, surgindo assim, impactos ambientais cada vez mais graves, afetando a vida e a saúde do homem e de biomas inteiros.  

Avaliações ecossistêmicas demonstram que cerca de 60% dos recursos naturais como água, fibras, madeiras e alimentos, estão degradados ou sendo utilizados de forma inadequada, em decorrência da crescente demanda por estes recursos, fato que motiva o surgimento de leis e metodologias capazes de minimizar os impactos gerados ao meio ambiente pelas atividades antrópicas.

A demanda por recursos ambientais e a natureza finita de alguns recursos desperta a atenção da sociedade para a necessidade de buscar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e os aspectos socioambientais, na tentativa de assegurar a disponibilidade de recursos naturais para as gerações atuais e futuras. Conhecer o valor econômico da natureza, denominado por valoração ambiental, é indispensável para a tomada de decisões socioeconômicas em prol do melhor uso dos recursos ambientais [1]

A valoração ambiental é considerada um instrumento que auxilia na compreensão e apoio do desenvolvimento. Também é considerada uma medida protecionista de uso sustentável dos recursos naturais. O crescimento das ações e medidas de valoração dos recursos naturais buscam a minimização dos efeitos de sua utilização predatória. Com isso, a valoração permite quantificar os custos envolvidos do uso de ativos ambientais, sejam eles de caráter finito ou não.

As atividades antrópicas tanto no meio rural e urbano tem causado impactos antrópicos negativos em ambientes naturais. Além disso, coloca em risco os serviços ambientais prestados pelos ecossistemas. Entre as atividades antrópicas com potencial de degradação ambiental destacam -se: mineração, agricultura, pecuária, desmatamento, queimadas e expansão das cidades. Outro ponto preocupante se refere aos impactos antrópicos sobre os recursos hídricos, seja através da poluição das águas e retirada da mata ciliar ou na conversão de alguns lugares em matrizes energéticas [2]

Nas últimas décadas a busca por um desenvolvimento econômico de bases sustentáveis motivou a busca por novas formas de uso gestão dos recursos naturais. Estas buscas contribuíram para o aparecimento da economia do meio ambiente, sendo a valoração ambiental um dos componentes de maior importância.

A valorização ambiental surge como uma ferramenta que auxilia na estimativa de preços de ativos ambientais [3] É através da valoração que se torna possível obter informações sobre o custo-benefício que a qualidade e a quantidade dos serviços ambientais poderão fornecer à sociedade, tornando-a um importante instrumento na tomada de decisões de empresas e ações governamentais.

Afim de atribuir valor econômico ao meio ambiental, a valoração ambiental busca contribuir com a sustentação da vida e valorização dos recursos ambientais. Nesse sentido, a valoração reflete a importância dada pelos seres humanos aos componentes que constituem o meio ambiente.

Referências consultadas

[1] MAGALHÃES, R. J. F.; BARBOSA JÚNIOR, A. R. O valor dos serviços de proteção de mananciais. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 24, n. 5, p. 1049-1060, 2019.

[2] SILVA, Sergio Gomes da et al. Valoração ambiental, uso do espaço e estratégias de conservação: O caso da cascata Uirapuru em Nova Lacerda, Mato Grosso, Brasil. Research, Society and Development, v. 11, n. 7, p. e48611730090-e48611730090, 2022.

[3] VALE, LAYZ FURTADO DO et al. Valoração ambiental e a disposição a pagar: um método aplicado na ilha de Cotijuba-PA. Agroamazon, v. 1, n. 1, p. 60-68, 2022.

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