Influenzas H1N1, H5N1 e H7N9

Introdução

De acordo com relatos de especialistas, os primeiros registros do vírus influenza consta em registros datados no século V a.C. Hipócrates, médico grego que foi considerado o pai da Medicina, descreveu sobre uma doença respiratória que levou muitas pessoas a morte em poucas semanas.  Porém, a primeira epidemia de gripe ocorreu em 1889.

Este surto que ocorreu no século XIX levou 300 mil pessoas a morte em decorrência de complicações respiratórias, como pneumonia bacteriana secundária. A maioria dos atingidos foram idosos.  Em 1918, uma nova onda epidêmica ficou conhecida como Gripe Espanhola, e atingiu cerca de 50% da população mundial, com um resultado que levou mais de 40 milhões de pessoas a óbito. No Brasil, cerca de 65% da população foi infectada e aproximadamente 35.240 pessoas morreram.

O que é o vírus Influenza

O vírus Influenza ou gripe é uma infecção aguda que ataca principalmente o sistema respiratório. Esta doença é causada pelo vírus influenza e tem grande potencial de contaminação. A influenza pode ser classificada por quatro tipos de vírus: A, B, C e D. Na classificação A e B, estão o vírus influenza que são responsáveis por epidemias sazonais, sendo de maior evidência em determinada estação do ano.

As mudanças de temperatura podem colaborar com maior risco, favorecendo o desenvolvimento de algumas disfunções e dificultando o processo de cura. O vírus tipo C é detectado com menor frequência, e vem geralmente comedido de infecções leves, não sendo considerado como risco epidêmico e não apresenta implicações significativas a saúde pública. O vírus influenza D, foi identificado em 2011, sendo isolado nos Estados Unidos da América (EUA) em suínos e bovinos e não há registro de contaminação por humanos.

Os vírus Influenza pode variar constantemente, pois tem uma alta capacidade de adaptação, o que possibilita a contaminação em pessoas de diversas faixas etárias em um curto período de tempo. Geralmente, as novas cepas que infectam os humanos podem propagar distintamente, devido ao referido processo de mutação que ocorre por meio da recombinação de genes. Quando ocorre a mutação de cepas, o risco de proliferação epidêmica é muito grande. Com isso, a população fica vulnerável a novas contaminações.

Influenza A (H1N1)

Em 2009 surgiu uma nova gripe, a influenza A (H1N1).  A gripe A, ou gripe suína como ficou conhecida, é causada pelo vírus Influenza, tipo A H1N1, assim denominado por se tratar de um vírus modificado. Este vírus é decorrente da união de material genético de cepas da gripe humana, aviária e suína, e que ultrapassou as barreiras das espécies contaminando seres humanos.

A influenza A (H1N1) pode apresentar grandes transtornos a pessoa contaminada, causando infecção viral que afeta principalmente as vias respiratórias como garganta, brônquios e ocasionalmente pode afetar os pulmões. Segundo o Ministério da Saúde, o vírus da Influenza (H1N1) é transmitido de pessoa para pessoa, principalmente através de espirro, tosse, e/ou através de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. O vírus influenza A (H1N1) é considerado o maior responsável pelas grandes pandemias.

Influenza H5N1

O H5N1, é um tipo de vírus influenza, causador da gripe aviária responsável pela gripe comum. Esclarecendo que, o “H” significa hemaglutinina enquanto o “N” significa neuraminidase, sendo duas glicoproteínas presentes no invólucro viral, sendo usadas para classificar subtipos baseados em padrões de reconhecimento por anticorpos de vírus da Influenza tipo A.

Os vírus da Influenza estão constantemente em evolução, agindo da mesma forma como os outros vírus ou organismo. Ele pode transformar em algo desconhecido pelo nosso organismo e com isso, também pode passar de uma pessoa para outra através de espirros e tosse de pessoas contaminas, e também por contato físico. Porém, devido à natureza de seu genoma, além da evolução através de mutações ocorrentes em outros vírus, a influenza, inclusive pode ser produzido com uma mistura de genes em seu interior, com a junção de dois (ou mais) vírus diferentes.

Somente havia conhecimento da ocorrência do vírus subtipo H5N1 em diferentes espécies de aves tipo galinhas, patos e gansos, (motivo por ser chamado de “gripe das aves”). A maior parte das galinhas infectadas morreram num curto espaço de tempo. Os patos e gansos foram os principais reservatórios do vírus. No mês de maio de 1997, o vírus Influenza A H5N1 foi diagnosticado pela primeira vez em humanos, numa criança de Hong Kong. Em 2006 surgiram novos casos comprovados na Alemanha, e também houve registros de morte de gatos infectados pelo vírus.

Atualmente, este vírus foi identificado em diversos países, onde a doença é considerada endêmica. Embora os apontamentos ocorridos não passaram de 200 casos de seres humanos contaminados, o que mais chamou a atenção foi a possibilidade de que o vírus possa ser transmitido do frango para o homem. Esta preocupação surgiu pelo motivo de que a taxa de letalidade é muito alta. No geral, mais de 50% das pessoas que se contaminaram com a gripe aviária faleceram. Por isso, a precaução é evitar que o H5N1 se espalhe pelo mundo decorrente de migrações de aves, e que ele adquira mutações com possibilidades de transmitir-se diretamente de uma pessoa para outra.

Influenza H7N9

O vírus influenza A H7N9, é uma nova variante que foi identificada na China em 2013. O vírus H7N9 foi classificado por dois subtipos distintos:  hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA). Assim como as demais cepas mutantes do vírus, a influenza H7N9 pode replicar eficientemente nos pulmões de animais e espalhar facilmente através de gotículas respiratórias emitidas durante um espirro, por exemplo. O vírus H7N9 foi classificado como um agente altamente perigoso para os seres humanos, segundo a Organização Mundial da Saúde.

De acordo com pesquisas realizadas sobre esta doença, este vírus foi considerado suscetível a adaptação para transmissão entre humanos, podendo acarretar complicações respiratórias severa. Logo após o período em que o vírus foi identificado, um total de 1562 casos foram confirmados. A maior parte dos relatos de humanos infectados com vírus H7N9 ocorreram em pessoas que tiveram exposição a aves, e a maioria dos pacientes foram diagnosticados com doença respiratória grave, como pneumonia.

O vírus espalhou rapidamente, despertando grande preocupação por ser considerada uma taxa alta para esta nova infecção. Segundo relatos, o quinto caso diagnosticado evoluiu para óbito. Estima-se que a taxa de mortalidade, independente da faixa etária, aproximou de 40% dos casos registrados.

Os principais sintomas do vírus influenza  

A Influenza ou gripe é uma doença suscetível aos seres humanos. As complicações apresentadas pela doença atingem principalmente as crianças, gestantes, idosos, e pessoas que apresentam comorbidades. A melhor prevenção contra a gripe é feita através de vacinação. Entretanto, a vacina não garante total proteção contra todos os tipos de influenza. Sendo assim, estudiosos estão sempre buscando formas para identificar os novos vírus com o intuito de aprimorar as vacinas já existentes.

O período de incubação pode variar entre 24 horas a duas semanas. O quadro clínico em pessoas adultas e saldáveis pode variar de intensidade. Já nas crianças a temperatura pode atingir níveis mais altos, e também podem desenvolver problemas de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais. Os idosos comedidos por esta doença, quase sempre se apresentam febris, sem outros sintomas, mas, em geral a temperatura não atinge níveis tão altos. Os sintomas desta doença com maior evidência são:

  • Tosse;
  • Calafrios;
  • Mal-estar;
  • Prostração;
  • diarreia;
  • Dor de cabeça;
  • Dor nas juntas;
  • Secreção nasal excessiva;
  • dificuldade respiratória e
  • dores nas articulações e músculos.

Medidas de prevenção contra a influenza

Apesar de ser de fácil contaminação, o vírus influenza pode ser evitado com medidas relativamente simples. Ao ser diagnosticado com os sintomas da influenza, a pessoa deve evitar tomar remédios sem prescrição médica. Sempre que notar os primeiros sintomas da doença, o melhor a fazer é buscar auxílio médico. Além disso, a alimentação e também a ingestão de muito líquidos podem reforçar o sistema imunológico, reduzindo as chances de contaminação.

Algumas medidas gerais de prevenção para toda a população, e que têm efeitos comprovadamente eficazes na reduçãodo risco de contaminação e transmissão de doenças respiratórias como o vírus da gripe:

  • Evitar ficar próximo a pessoas com sintomas de gripe;
  • Não compartilhar objetos como copos, talheres, pratos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados e limpos;
  • Evitar tocar mucosas dos olhos, nariz e boca;
  • Utilizar lenços descartáveis para higiene nasal;
  • Cobrir o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
  • Sempre Lavar as mãos com água e sabão, ou usar álcool em gel;
  • Evitar permanecer em lugares com aglomerações ou ambientes fechados, e
  • Beber muito líquido e manter uma alimentação saldável.

Segurança e efeitos da vacina

A vacina foi desenvolvida para reduzir a incidência, minimizar os sintomas e prevenir a morte dos humanos, que estão predispostos a contaminação pelo vírus da influenza. Entretanto, mesmo com a aplicação da vacina anualmente, ainda há risco de contrair a influenza, haja visto que a vacina não é completamente eficaz contra este vírus.

O mais importante ainda é tomar as precauções para evitar a contaminação seguindo todos os cuidados dispensados de higiene, e evitar contato com pessoas contaminadas. A vacinação previne o agravamento da doença, que pode levar a pessoa contaminada a morte, sendo o mais recomendável, principalmente por pessoas com comorbidades, crianças e idosos.

Referências consultadas

BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/ saude-de-a-a-z/g/gripe-influenza.

MSD Manual. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3% A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/influenza.

BRASIL. Saúde e Vigilância Sanitária. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/servicos/ vacinar-contra-influenza-sazonal.

 

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